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Economia do Estado de São Paulo cresce 0,6% em abril

O PIB do Estado de São Paulo registrou alta de 0,6% em abril, na comparação com o mês anterior, de acordo com dados que a Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) divulga hoje.

O setor da indústria, com expansão de 2,2%, fez com que o resultado não fosse pior, já que a agropecuária recuou 0,2% e os serviços cresceram discretamente (0,8%).

Na comparação com abril de 2012, no entanto, os dados são mais otimistas: alta de 4,8% na economia –alavancada, novamente, pela indústria, que registrou elevação de 8,4% no período.

Os segmentos farmacêutico e de veículos automotores foram os principais responsáveis pelo desempenho do setor, com alta de 23,8% e 8,3% na produção, respectivamente.

As áreas de máquinas e equipamentos –que podem ser usadas como indicadoras do nível de investimentos– também apresentaram variação positiva pelo quarto mês consecutivo.

“O [efeito do] crescimento da indústria sobre o PIB estadual só não foi maior porque o setor de serviços aumentou apenas 2,9% em relação a abril do ano passado”, afirma Maria Helena Guimarães de Castro, diretora-executiva da Fundação Seade.

Os serviços respondem por 57% do total do PIB do Estado de São Paulo.

Nos quatro primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2012, a economia paulista apresentou elevação de 1,6%.

“É difícil antecipar uma tendência, mas houve crescimento pelo quarto mês consecutivo no Estado. De janeiro a abril, a expansão foi constante”, acrescenta.

Sobe e desce

O próximo auge da indústria do Estado de São Paulo, considerando os ciclos econômicos, deve ocorrer em meados de 2014, segundo estudo de Haroldo da Gama Torres, da Fundação Seade.

O economista avaliou o comportamento da produção industrial a partir de dezembro de 2003, com base nas taxas de crescimento acumuladas em períodos de 12 meses.

A pesquisa mostra a formação de dois ciclos bem definidos. O primeiro, de 2005 a 2008, mais suave. O segundo, entre 2008 e 2010, mais pronunciado por influência da crise internacional.

Um novo ciclo dá mostras de formação a partir de 2010. Do pico de expansão da indústria naquele ano à baixa de 2012, passaram-se 21 meses. Isso significa que, se ocorrer um novo período simétrico, o auge do crescimento será no próximo ano.

Torres diz, no entanto, que embora essa regularidade seja significativa, a expansão econômica é influenciada por diversos fatores complexos que podem encurtar ou alongar o atual ciclo.

“É um momento de muita incerteza”, acrescenta o economista da fundação.

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