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Conheça 3 usinas de cana que devem ser vendidas por meio de leilões

Três unidades processadoras de cana-de-açúcar estão irão a leilão, conforme decisões judiciais. Elas integram grupos sucroenergéticos em recuperação judicial e em processo de falência.

As datas dos leilões ainda esperam pelos juízes responsáveis pelos casos. JornalCana divulga a seguir detalhes sobre cada uma dessas três unidades a serem colocadas à venda por meio de leilões.

1

Usina Revati

Ela pertence à Renuka do Brasil, que está em regime de recuperação judicial e é controlada pelo grupo indiano Shree Renuka Sugar. A unidade está localizada em Brejo Alegre (SP), na região de Araçatuba.

A Revati deveria ter ido a leilão no começo de setembro, mas o evento foi suspenso a pedido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), titular de garantias hipotecárias da companhia, conforme divulgado em 04/09 pela Reuters.

A Revati atrai o interesse de grandes grupos, como a Raízen, Cofco Agri e Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), embora oficialmente elas neguem. 

Inaugurada em 2008, inicialmente com nome de Biopav, a Revati tem capacidade de moagem de 4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, com possibilidade de chegar a 6 milhões de toneladas.

O volume total de moagem é obtido em apenas uma moenda, uma das maiores do país e uma das primeiras totalmente eletrificadas.

A produção de açúcar é basicamente do tipo VHP, que chega até a 1.350 toneladas por dia. Podem ser fabricados até 900 m3 de etanol hidratado diariamente, podendo ser 100% convertidos imediatamente para etanol anidro através de peneiras moleculares.

A unidade conta ainda com uma fábrica de levedura seca, onde podem ser produzidas até 10.000 t por safra com teor protéico de até 43%.

2

Usina Triálcool

Ela integra a Massa Falida de Laginha Agro Industrial S/A e está localizada no município de Canápolis (MG).

A unidade já foi objeto de leilão anteriormente, mas o negócio não teve êxito. Uma nova data deverá ser marcada pela Justiça de Coruripe, município de Alagoas no qual corre o processo de falência.

Segundo a Justiça de Coruripe, a Triálcool tem capacidade de moer 1,8 milhão de toneladas de cana-de-açúcar por safra para produzir açúcar e etanol. Tem áreas rurais próprias escrituradas de 8,2 mil hectares, dos quais 4,4 mil são agriculturáveis.

A produtividade agrícola, conforme certidão da Justiça, é de médios 87 tch.

Os bens e direitos da Triálcool estavam avaliados em R$ 227,7 milhões sem incluir o valor da cana-de-açúcar e socaria.

3

Usina Vale do Paranaíba

Ela também integra a Massa Falida de Laginha Agro Industrial S/A. E, assim como a Usina Triálcool, aguarda data de leilão pela Justiça de Coruripe (AL).

A unidade já foi tema de leilão em vezes anteriores, mas não houve êxito na negociação.

Localizada no município de Capinópolis (MG), a Vale do Paranaíba iniciou as operações na safra 2001/03 para produzir açúcar e etanol em instalações com grande grau de automação e sistema de extração por meio de difusor.

A unidade possui grande área irrigada, tem área própria escriturada de 3,228 mil hectares, sendo 1,7 mil de terras agriculturáveis.

A capacidade industrial da unidade, conforme certidão da Justiça de Coruripe, é de moagem de 1,7 milhão de tonelada de cana por safra.

Os bens e direitos da Vale do Paranaíba foram avaliados em R$ 211,3 milhões, sem incluir o valor da cana-de-açúcar e socaria.

 

 

 

 

 

 

 

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