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Commodities Agrícolas

Revisão de estimativa A revisão para cima feita pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos na estimativa de oferta de café no Brasil na safra atual provocou forte queda da cotações do grão na bolsa de Nova York. Os lotes para março fecharam ontem a US$ 1,8885 a libra-peso, baixa de 1.025 pontos, a maior desde 20 de outubro. O órgão elevou seu cálculo em 1,7 milhão de sacas, para 51,2 milhões. A projeção indica que, apesar da seca que afetou a produção dos cafezais neste ano, as perdas podem ter sido menores que o calculado, de forma que ainda exista boa oferta disponível. Além disso, a área produtora deve receber chuvas na próxima semana, reduzindo o estresse hídrico. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o café arábica caiu 4,43% para R$ 473,98 a saca.

Frio antecipado O frio chegou mais cedo que o normal neste ano nos Estados Unidos e tem preocupado os produtores de laranja da Flórida, o que já oferece sustentação aos preços dos suco da fruta na bolsa de Nova York. Ontem, os lotes do produto concentrado e congelado para março fecharam em alta pela sexta sessão seguida, com avanço de 440 pontos, a US$ 1,4375 a libra-peso. Ainda não foram registradas temperaturas muito baixas nas regiões produtoras do Estado, mas o temor é que eventuais geadas possam comprometer a produtividade da nova safra. O receio levou muitos investidores a abandonarem suas posições vendidas. No mercado doméstico, o preço da laranja para a indústria apurado pelo Cepea/Esalq manteve-se em R$ 10,10 a caixa de 40,8 quilos.

Alta com incertezas Receios com eventuais problemas logísticos nos Estados Unidos e atenção com o clima no Brasil atraíram compras especulativas ontem ao mercado de soja, cujas cotações tiveram forte alta na bolsa de Chicago. Os papéis para março fecharam em US$ 10,28 o bushel, alta de 16 centavos. O excesso de trens nas ferrovias americanas preocupa, já que pode atrasar as entregas do grão e do farelo de soja aos compradores. Conforme levantamento da Associação de Ferrovias Americanas, o volume de carregamentos desde o início do ano já está 3,4% superior ao de igual período do ano passado. No Brasil, há previsão de chuvas que podem ajudar o avanço do plantio, mas a irregularidade climática deste ano ainda preocupa. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a oleaginosa no Paraná caiu 1,08%, para R$ 61,65 a saca.

Demanda elevada Indicações de que a demanda por milho dos Estados Unidos está aquecida deram impulso ontem aos futuros do grão na bolsa de Chicago. Os lotes para março subiram 10,25 centavos, a US$ 3,8625 o bushel. Os exportadores americanos aumentaram o volume do grão negociado com o mercado externo na semana encerrada dia 13. Na comparação com a semana anterior, o volume aumentou 80%, e ante a média das quatro semanas anteriores, 45%. No mercado interno, a demanda é puxada pelo setor de etanol, que nos Estados Unidos é feito a partir de milho. Na semana até o dia 14 de novembro, o setor produziu 970 mil barris ao dia, o segundo maior volume da história no país. No mercado interno, o indicador Esalq/BM&FBovespa recuou 1,22%, para R$ 28,40 a saca.

Fonte: Valor Econômico

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