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Com crescimento de 21% na capacidade instalada de energia, sorgo poderá ocupar fatia nas usinas

sorgo
Um estudo publicado pela consultoria Safira Energia revela que a capacidade instalada de energia nas usinas de biomassa no Brasil cresceu 21% em 2013. O consumo nacional de energia elétrica cresceu 3,5% no mesmo período, e a previsão é que o número continue aumentando 5% ao ano até 2030. Por isso, esses números mostram que é possível mitigar os efeitos da crise energética com investimentos em biomassa, segundo analistas de mercado.

“O aumento do spot do megawatt/hora (MWh) para até R$ 800,00 e a estiagem prolongada que levou os reservatórios das hidrelétricas a níveis alarmantes de esvaziamento motivou usineiros a ampliar suas atividades com o fornecimento de energia gerada por biomassa. Além dos resíduos agrícolas disponíveis regionalmente como fonte de combustível para cogeração térmica, novas matérias-primas dedicadas a produção de eletricidade, como o sorgo biomassa estão ganhando fôlego neste mercado”, revela o gerente de desenvolvimento agronômico da Nexsteppe, Edson Corbo.

Segundo a empresa, o poder calorífico da planta é bastante semelhante ao da cana-de-açúcar e seu cultivo pode ser realizado na entressafra, tornando-se um oportuno complemento anual dentro das usinas. Estima-se que entre 1 a 3 toneladas gerem até 1 MW de energia.

“O Palo Alto é uma cultura de ciclo explosivo, em 120 dias está pronto para ser colhido, com até 6 metros de altura, com as mesmas máquinas utilizadas na colheita da cana e queimado com eficiência. Ele garante ao produtor que, ao final do plantio, terá combustível para gerar energia, sem interferir em sua cultura principal, seja ela cana-de-açúcar ou quaisquer grãos, com um preço competitivo e certeza da origem da matéria-prima”, diz Corbo.

Ele acredita que essa cultura está destinada a ocupar uma boa fatia da biomassa ofertada ao mercado de biocombustão e deve crescer muito nos próximos anos, pois atende todas as partes da cadeia de suprimentos de forma bastante satisfatória. “Não estamos desenvolvendo uma biomassa dedicada apenas para atender a demanda atual, mas algo que possa ser incorporado como cultura-chave no Brasil e que suporte nosso crescimento para os próximos anos. Não podemos parar de crescer por falta de energia, pelo contrário, sendo um país de clima tropical, devemos liderar uma revolução mundial na área de biomassa e aproveitar todo nosso potencial”, finaliza o engenheiro agrônomo.

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