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Chuva e Cide fazem açúcar subir em NY

As cotações internacionais do açúcar voltaram a subir ontem por causa da chegada das chuvas ao Centro-Sul do Brasil e em virtude da possibilidade de aumento da alíquota da Cide sobre a gasolina no país, que aumentaria a competitividade do etanol em relação ao combustível fóssil e poderia levar as usinas a destinar uma parcela maior da moagem de cana para elevar sua produção.

Na bolsa de Nova York, os contratos do açúcar demerara com vencimento em maio encerraram a sessão cotados a 14,26 centavos de dólar a libra-peso. Em relação ao fechamento anterior, a alta foi de 2,1%, ou 30 pontos. Desde o início do mês, o contrato já subiu 10%, ou 138 pontos.

As precipitações nas áreas canavieiras tendem a atrasar a moagem de cana das usinas brasileiras, o que reduz as chances de recuperação da produção até o fim da safra, de acordo com Ana Carolina Ferraz, gerente de análise de mercado da trading Czarnikow. O fortalecimento do fenômeno El Niño acentua as preocupações com a oferta não apenas no Brasil, mas também em outros importantes países produtores, como Índia e Tailândia.

Já a influência do “fator Cide” voltou a aumentar porque o relator do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP), aventou a possibilidade de elevar a alíquota incidente sobre a gasolina caso o governo não emplaque a CPMF no Congresso. “Mesmo sem a Cide, o hidratado já está em patamar muito alto em função de demanda forte”, disse Ana Carolina Ferraz.

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