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Carta aberta ao futuro presidente da República: apelo ao setor sucroalcooleiro

Neste período que antecede às eleições para os cargos de presidente, governador, senador e deputados estadual e federal, considero importante promover uma discussão sobre o setor sucroalcooleiro e o apelo para que Vossa Excelência inclua, com prioridade, este tema em suas propostas.

A meu ver a política que vem sendo adotada nos últimos anos no que se refere ao setor sucroalcooleiro não simbolizou, de fato, um bom exemplo para o país e para aqueles que investem no açúcar e no etanol. Digo isso, pois considero que o setor, ainda que tenha buscado todas as sinergias possíveis, tomada de decisões, implementação de novas estratégias como, por exemplo, a profissionalização de seu ambiente corporativo, não consegue avançar com a falta de apoio e contribuição por parte das autoridades políticas.

O país vem necessitando de um representante que traga propostas e respostas à altura da tamanha responsabilidade que cabe ao setor. Não se pode mais brincar de populismo, ou mesmo de “faz de conta”, é preciso um empreendedor que permita que o setor volte a prosperar, pois nos últimos anos, o que vemos são situações calamitosas que nada tem contribuído para um incremento na atividade sucroenergética. A situação é tão aviltante que, se há algum investimento ou murmúrio no mercado deste ramo, é por conta de operações em que a Petrobrás é signatária ou então, por meio do capital estrangeiro.

Veja as multinacionais, como todo capital bem administrado, conseguem enxergar situações em que o negócio prospera, gera oportunidades, independentemente da intervenção do governo. Aqui é diferente, pois com o subsídio “dado” à gasolina, sem o seu aumento, seja de preço, seja na mistura do etanol, acaba-se gerando um total desequilíbrio no setor. O capital sempre busca proveito elevado com o mínimo risco. É claro que o dinheiro, quanto mais alavancado, mais riscos oferece, porém o que se deve pautar aqui é que o empreendedor, se estiver seguro no que diz respeito às políticas governamentais positivas, escolherá e estará disposto a integralizar o seu capital no negócio, buscando rentabilidade futura nos investimentos realizados.

BENEFÍCIOS – Ora, o capital investido, seja nacional ou estrangeiro, deve ser visto como algo que vá retornar em benefício de todos e não somente do investidor e este sabe disso. E é isso que espera. Não importa a cor do dinheiro e sim o que ele trará de benefício à nação. O capital investido gera lucros, dividendos e tudo mais que for de importante, desde que, concomitantemente, traga mais desenvolvimento e bem estar aos investidores e à população. Até porque não temos dinheiro nacional suficiente para suprirmos nossos compromissos e nossos próprios interesses comerciais e isso não é de hoje. Fato que não se pode haver mais ingerência de governos nas empresas, seja de forma direta ou indireta como é o caso da gasolina subsidiada, ou ainda interferência de agências ou órgãos reguladores que acabam por intensificar políticas inadequadas, agravando ainda mais aquilo que já não “caminha” tão bem.

PSEUDO… – O capital internacional investido no Brasil corre sério risco de ir em busca de condições mais favoráveis e seguras, seja do ponto de vista operacional, seja jurídico, para os seus negócios. Afinal, não é todo dia que aprece um “bonzinho” querendo investir no país, como, por exemplo, no setor sucroalcooleiro, em algo que aparentemente vive em um tremendo retrocesso político. Com todo respeito levanto uma questão: será que os governantes, “pseudos empreendedores de Constituição Federal”, não conseguem ver os problemas que o setor vem atravessando nos últimos cinco anos?

É preciso avaliar qual será a verdadeira capacidade do nosso futuro governo para dirigir o curso de um país. Hoje, estamos diante de uma vulnerabilidade no que se refere às estratégias empresariais a serem adotadas pelos gestores, principalmente no setor sucroalcooleiro. Tem de haver urgentemente uma predisposição para prever como será o desenvolvimento de processos futuros que possam valorizar nosso capital humano, natural e financeiro.

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