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Cana ainda reina, mas abre espaço para novas culturas

jahuA cana-de-açúcar é uma cultura que teve expansão de área de 21% entre 2000 e 2014 na região de Jaú (veja quadro). Como é usada na fabricação de açúcar e etanol, produtos não sujeitos a qualquer tipo de crise no consumo, a cana continuará a ser destaque, no entanto, novos fatos relacionados ao produto levantaram a discussão sobre a possibilidade de investimento em outras culturas.

O maior desafio é para o pequeno produtor, para quem a mudança de cultura traz impacto maior, especialmente em relação aos custos. Na última semana houve reunião em Jaú para tratar da primeira edição da Feira de Inovação e Negócios da Agricultura Familiar Organizada (Feicomex). Além disso, haverá evento no Município sobre diversificação agrícola.

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A discussão em torno da cana passa pela mecanização e pelo baixo preço que os produtores recebem. O secretário estadual de Agricultura, Arnaldo Jardim, aponta que hoje 84% da lavoura paulista destinada ao produto é mecanizada. Como as máquinas não entram em áreas de declive, haverá terras devolutas.

Outro ponto citado pelo secretário é que há dificuldade de viabilização econômica de pequenas áreas para cana. Um indicativo dessa situação foi apresentado na última semana em matéria do Comércio, com a demissão de centenas de trabalhadores por três usinas da região pertencentes à Raízen Energia S/A. A empresa informou que os desligamentos ocorreram nas áreas de plantio, preparo de solo e transporte agrícola.

Alternativas

O secretário Arnaldo Jardim afirma que a discussão sobre o assunto é urgente. “Hoje temos 4,5 milhões de hectares em São Paulo com cana e 8% desse montante estará disponível para outras culturas”, diz. “É importante que tenhamos um cardápio de alternativas para que nosso produtor possa ter condições de analisar diferentes atividades para agregar renda ou dar sustentação econômica ao seu trabalho”, completa o secretário.

Para o engenheiro agrônomo e responsável pela Casa da Agricultura de Jaú, João André Miranda de Almeida Prado, a opção pelos cereais é mais voltada a médios e grandes produtores. Os pequenos podem apostar em hortaliças e legumes. A destinação pode ser feita para a merenda escolar.

Almeida Prado defende a organização dos agricultores. “Somente pelas associações ou cooperativas é que o pequeno produtor terá um poder de comercialização maior para poder se inserir no mercado”, afirma. O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Região de Jaú (Associcana), Eduardo Vasconcellos Romão, entende que quem produz cana deve avaliar os prós e contras do setor e ter conhecimento de que o mercado é cíclico. Há quatro anos os preços pagos aos fornecedores pela cana não são os ideais.

Caso o agricultor decida mudar de cultura, Romão aconselha que busque informações técnicas. Ele cita que a região de Jaú é a décima em importância agrícola no Estado, com destaque também para café, laranja, suíno e avicultura.

Fonte: (Comércio do Jahu)

 

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