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Bom humor e gentileza nas relações de trabalho

Tive a grata oportunidade de assistir a uma excelente palestra nessa última reunião do Gerhai, com o título Bom humor como competência para pessoas nas organizações, realizada pelo consultor e palestrante Fernando Brancaccio.

Este é um tema fantástico e que precisa ser mais disseminado no mundo organizacional. O aspecto do bom humor, vejam, já virou competência esperada, medida e reconhecida no mercado de trabalho, como requisito profissional. Quem diria!

Lembro-me de anos atrás, quando eu já mencionava essa postura de Bom Humor como requisito para alguns cargos, nas incontáveis descrições de cargo que eu elaborava e, naquela época, riam de mim e achavam um absurdo bom humor ser mencionado como traço comportamental esperado pelo cargo. Os profissionais só gostavam de colocar, e as empresas de ler, requisitos como iniciativa, proação, criatividade, responsabilidade, etc., pouco sendo citados aspectos do relacionamento, da postura positiva e outros.

Pois é, e estamos aqui hoje falando do tema, que não é desse ano, mas que tem sido já tratado de forma repetitiva no cenário empresarial. A primeira edição da revista Você S/A deste ano, trouxe como matéria de capa a Pílula da Atitude Positiva para vencer o pessimismo em 2015. E com certeza uma das suas substâncias mais presentes deve ser o bom humor.

Entre os interessantes subtemas abordados na palestra, como bom humor e gentileza transformadores; capitalismo consciente; prosperidade através da humanização; engajados versus desengajados; pesquisas que demonstram que líderes bem humorados são mais admirados; o bom humor influenciando e ressignificando as relações e parcerias internas; entre outros, teve um que eu gostei muito por ser tratado da forma que precisamos entender: a diferença entre fazer humor e ter bom humor.

O bom humor é um estado de espírito e que pode ser exercitado para ser mantido no dia a dia, estimulando o nosso bem-estar, nossa autoestima e nosso propósito de que o nosso dia será bom, para mim e para os demais, e aprimorando as relações, as parcerias, o clima, o sentido de colaboração, de disponibilidade e de gentileza, este último um item muito pouco praticado nos dias de hoje, infelizmente. Em qualquer instância.

De acordo com o palestrante, e eu particularmente gostei muito dessa colocação, “o bom humor não tem a frivolidade do cômico e nem a crueldade da sátira”.  Portanto, muitas pessoas que se intitulam bem humoradas, na verdade possuem mais uma veia humorística do que disseminam o bom humor. Ter bom humor é rir com alguém, e não rir de alguém. Interessante, não é? Precisamos pensar sobre isso e reavaliar nossas posturas nas organizações.

O bom humor alimenta, contamina, transforma e harmoniza; o humor puro, em excesso, estressa. E não cai bem, na maior parte do tempo, nos ambientes organizacionais. Há de se ter muito cuidado com isso.

Se o item Bom Humor já consta na lista de crenças e princípios de algumas organizações que buscam ambientes diferenciados de trabalho e já é competência esperada e medida pelas empresas, então precisamos adicionar mais essa atitude no nosso cardápio de pontos da inteligência emocional a desenvolver para a empregabilidade.

E melhorar o nosso humor, é nossa responsabilidade. Mesmo que ele possa ser identificado como um distúrbio. Precisamos cuidar dele para que possamos contribuir para a melhoria das relações de trabalho nas nossas organizações, pois, e me remeto a um artigo anterior que escrevi, “a responsabilidade por dar certo é de todos!”. Eu faço a minha parte. Você tem feito a sua?

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