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Atraso na expansão térmica chega a 87% dos projetos fiscalizados pela Aneel

O relatório de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica para o mês de fevereiro aponta que das usinas termelétricas fiscalizadas, 87,7% das classificadas como de alta viabilidade estão com o cronograma atrasado. No total, de 11 projetos que somam capacidade instalada de 2.809,57 MW e estão indicadas com a cor verde no campo viabilidade do relatório, seis projetos que acumulam 2.464MW de capacidade de geração estão fora do cronograma acompanhados pela agência reguladora.

A UTE Almirante Álvaro Alberto – unidade III (mais conhecida como Angra 3), em construção no município de Angra dos Reis (RJ) com 1.405 MW é a responsável por mais da metade do volume em atraso. Os demais 1.059 MW estão divididos entre os demais projetos sendo que outros 518,8 MW estão concentrados apenas na UTE Maranhão III, de propriedade da Eneva.

De acordo com o relatório da Aneel, foram fiscalizados 6.196 GW em capacidade instalada no país em 25 projetos. Desse total, 11 estão com a classificação vermelha e sem previsão de entrada em operação. Nesse conjunto de usinas estão as térmicas da MC2 que venderem energia no leilão de energia nova de 2008 e cuja proposta de revogação da outorga está em andamento na agência. Se considerar todas as usinas fiscalizadas que não cumprirão o cronograma estabelecido pela Aneel, temos 5.250 MW em atraso, o que corresponde a 84,7% do total.

Já no outro nível de classificação, o amarelo, cujos projetos não estão com o processo de licenciamento ambiental finalizado ou as obras não foram iniciadas, mas que não há impedimentos para a implantação da usina, há apenas 2 projetos que somam 600 MW em capacidade. Nesse caso estão 10 MW da Coquepar, no Rio de Janeiro, cujas obras não foram iniciadas e, segundo o relatório da Aneel, não há previsão para o seu começo. A maior parte desse volume, no entanto, está concentrado na UTE Mauá 3, cuja operação comercial está projetada para janeiro de 2017 sendo que a obrigação da Eletrobras Amazonas Energia, responsável pela usina, é de colocar a central em operação apenas em novembro de 2017.

A Aneel informou em seu relatório de fiscalização que a fonte térmica em 2015 adicionou 241 MW em capacidade nova até 15 de fevereiro. A maior parte, 207 MW de usinas, utilizam combustíveis fósseis. Os 34 MW restantes são gerados através de usinas movidas a biomassa.

(Fonte: Canal Energia)

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