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​Proporção de cana-de-açúcar para produção de etanol segue em queda

De acordo com informações divulgadas no Boletim Setor Sucroalcooleiro da CEPER/Fundace, elaborado por pesquisadores do Centro de Pesquisa em Economia Regional da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia, após ter atingido 59,5% na safra de 2015 a proporção de cana-de-açúcar utilizada na produção de etanol deve chegar a 52,9% na safra 2017/2018.

O boletim traz informações sobre produção e produtividade de cana-de-açúcar, etanol e açúcar no âmbito nacional e por regiões do Brasil. Análise sobre o mercado de trabalho no setor apontou uma redução de 53 mil vagas no cultivo da cana-de-açúcar entre 2009 e 2015, fruto principalmente da mecanização na colheita. O boletim destaca ainda o aumento da participação do estado de São Paulo na geração de emprego do segmento de fabricação de açúcar refinado nacional que saltou de 7,9%, em 2011, para 22,9%, em 2015.

Com relação ao à safra 2017/2018 a previsão é que sejam produzidas 647 milhões de toneladas, o que faria desta a menor safra dos últimos três anos, com quedas de 3,2% e 5,3% nas regiões Sudeste e Sul, respectivamente. Confirmadas as previsões da CONAB, para a safra 2017/2018, a região Sudeste produzirá 65,1% do total de cana-de-açúcar do país, o que corresponde a quase 421 milhões de toneladas.

Os números sobre produtividade reunidos pelo boletim mostram estabilidade e nível nacional com queda significativa, de 17,5%, apenas na Região Sul. A região, entretanto, representa pouco mais de 6% do total de cana-de-açúcar produzida no país. Ao final da safra 2017/2018 a previsão é que a produtividade média nacional seja de 73.273 toneladas por hectare. A região mais eficiente em produção segue sendo a Sudeste que colhe 77.074 toneladas por hectare.

“A safra 2011/2012 apresentou a última grande variação de produtividade com queda considerável deste indicador. Na ocasião, o impacto foi negativo devido à falta de chuvas em 2010, e à geadas e ao florescimento excessivo em 2011”, afirma Luciano Nakabashi, pesquisador do Ceper/Fundace e professor do Departamento de Economia da FEA-RP/USP.

 

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